sábado, 25 de março de 2017

Sonhos #65

Não sou capaz de contar o sonho todo, porque, como é normal em sonhos, tem saltos espaciais e temporais difíceis de descrever. Vamos ver o que consigo contar.

Estava na praia com a madrinha da Varinha. A certa altura passa uma menina com dois anos, mais ou menos, a correr atrás de uma bola que rolava pela areia. A minha preocupação era perceber se havia algum adulto relacionado com a menina a tomar conta da ocorrência. Havia, embora ao início me parecesse que estavam muito descontraídos relativamente ao afastamento da criança. Um dos senhores diz:

- Nós delimitámos um perímetro [não me perguntem como], por isso ela não pode sair da praia nem por um lado, nem pelo outro.

Ainda na praia, a certa altura eu e a madrinha da Varinha apercebemo-nos que a Marta, sua filha, com 14 anos, não estava à vista. Procurámos um bocado sem a encontrar.

Mais tarde, a minha comadre liga-me a dizer que a Marta já aparecera. Tinha ido (com amigas) ao "Parque do Sétimo*".

Eu: Sem te pedir autorização... [estava surpreendida porque a Marta é ajuizada!]

Comadre: Sem pedir autorização e sem dizer nada!

O sonho acabou, pois a seguir acordei. Mas, já acordada, pensei que realmente não custava nada avisar a mãe dos seus planos - no mínimo, já que o correto seria pedir autorização!

*O nome do parque era mesmo assim, no sonho.

E pensas ter mais filhos?

Já me têm perguntado.

E eu respondo:

- Os que Deus quiser.

Algumas pessoas não dizem mais nada. Outras dizem:

- Mas sabes que quanto mais velha és, maiores são as probabilidades de teres um filho com problemas?

Eu: Sei que as estatísticas dizem isso, mas a estatística que conta é a real [obrigada, Teresa Power, pelas tuas palavras há alguns meses]; se houver problemas, a estatística será 100%, total, muito maior do que a estatística apresentada e divulgada. Se não houver problemas, que relevância tem a estatística? 

- Fizeste amniocentese?

Eu: Não.

- Ah...

E, aos meus ouvidos, aquele "Ah..." soa como um rótulo "És maluca, inconsciente, e outras coisas do género...".

Mas que interesse tinha para mim fazer um exame invasivo, que acarreta riscos, se o resultado desse exame não me iria levar a tomar nenhuma decisão*? Saber antes de uma eventual situação complicada iria ajudar? Ajudar a quê? A passar uma gravidez angustiada? Alguém beneficiaria com isso? Não me parece. 

Diz-se muitas vezes: "O que importa é que venha com saúde." É uma frase bonita, e quando se diz (eu também a digo, às vezes), normalmente quer-se dizer que não importa se é menino ou menina, se a casa é grande ou pequena, no fundo, "que tudo se cria" (outra frase muito utilizada).

Mas, pensando nisto, acho que melhor do que dizer "O que importa é que venha com saúde", é dizer: "O que importa é que seja recebido com amor". Sem dúvida.

*Muitos casais decidem interromper a gravidez em consequência dos resultados da amniocentese. Nós não pomos essa hipótese em cima da mesa.

Já toda a gente sabe...

... quer dizer, toda a gente que por aqui passa com alguma regularidade e já há algum tempo...

... que o Feitiço não acorda seco e que, no ano passado, quando recomeçou o frio e ele começou a ficar constipado por causa da cama molhada, voltou a dormir com fralda.

Não é situação que me agrade, mas também já há bastante tempo que decidi que não me deixarei atormentar por ela. É o que é, e não há de durar para sempre.

No entanto,

... que durante o dia, acordadíssimo, o Feitiço faça xixi nas cuecas (o que nos últimos dias tem acontecido com uma frequência terrível), não é uma situação que eu encare de ânimo leve.

80% dos caros leitores devem ter associado esta alteração no comportamento à vinda da irmã. Eu também pensei nisso, confesso. A nível inconsciente, sabe-se lá o que vai no cérebro do Feitiço...

Mas, conscientemente, não há de ser assim tão difícil ir à casa de banho durante os intervalos das aulas! Acho que este problema se deve sobretudo a imaturidade (tanto no xixi durante a noite, como neste "descarado" durante o dia). E a maturidade não se impõe, há de chegar a seu tempo... 

3%

Disse-me ontem a minha médica obstetra que 97% dos bebés dão a volta e colocam-se de cabeça para baixo até às 32 semanas - e depois já não mudam de posição.

A bebé (cujo nome blogosférico está mais ou menos nas vossas mãos) encontra-se nos 3%. Sua  excelência está sentada, possivelmente a tocar guitarra nas pernas que se encontram à frente da cara...

Às 36 semanas, na próxima consulta, se a bebé ainda estiver sentada, a médica logo combina um procedimento no hospital para, por fora, levar a bebé a dar a volta.

Claro que eu prefiro que seja a bebé a tomar a iniciativa de se virar! Já lhe pedi e tudo! 🙂