Já me têm perguntado.
E eu respondo:
- Os que Deus quiser.
Algumas pessoas não dizem mais nada. Outras dizem:
- Mas sabes que quanto mais velha és, maiores são as probabilidades de teres um filho com problemas?
Eu: Sei que as estatísticas dizem isso, mas a estatística que conta é a real [obrigada, Teresa Power, pelas tuas palavras há alguns meses]; se houver problemas, a estatística será 100%, total, muito maior do que a estatística apresentada e divulgada. Se não houver problemas, que relevância tem a estatística?
- Fizeste amniocentese?
Eu: Não.
- Ah...
E, aos meus ouvidos, aquele "Ah..." soa como um rótulo "És maluca, inconsciente, e outras coisas do género...".
Mas que interesse tinha para mim fazer um exame invasivo, que acarreta riscos, se o resultado desse exame não me iria levar a tomar nenhuma decisão*? Saber antes de uma eventual situação complicada iria ajudar? Ajudar a quê? A passar uma gravidez angustiada? Alguém beneficiaria com isso? Não me parece.
Diz-se muitas vezes: "O que importa é que venha com saúde." É uma frase bonita, e quando se diz (eu também a digo, às vezes), normalmente quer-se dizer que não importa se é menino ou menina, se a casa é grande ou pequena, no fundo, "que tudo se cria" (outra frase muito utilizada).
Mas, pensando nisto, acho que melhor do que dizer "O que importa é que venha com saúde", é dizer: "O que importa é que seja recebido com amor". Sem dúvida.
*Muitos casais decidem interromper a gravidez em consequência dos resultados da amniocentese. Nós não pomos essa hipótese em cima da mesa.
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