quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Post escatológico - considerem-se avisados!

Puns e arrotos formam o tema deste post.

Os mesmos atos que nos alegram - em certa medida - quando é um bebé que os realiza, são alvo de duras críticas quando realizados por crianças em idade escolar. 

E em adulto? Inadmissíveis.

Mas depois vai-se a ver, e há adultos que deixam sair uns puns quando se sentem à vontade com a pessoa com quem estão. É o que alguns chamam de "estar à vontadinha", por oposição a "estar à vontade". Quando estamos à vontade, se um pum escapar (porque eles escapam, às vezes!), não ficamos constrangidos, podendo pedir desculpa ou não, conforme o caso (se foi muito discreto, tanto sonora como olfativamente, não há necessidade de chamar a atenção para o sucedido!). Quando estamos à vontadinha, deixamos os puns sair sem sequer nos preocuparmos. E isto preocupa-me, se eu for a pessoa a sofrer com os ditos puns! E por me desagradar, também não fico "à vontadinha" ao pé de ninguém.

Os arrotos, para mim, são outra conversa. Há os que saem inadvertidamente, os que não saem porque a pessoa se apercebe da subida e firma os lábios e os que saem propositadamente. Sou incapaz dos últimos (mais fisicamente do que moralmente, confesso, pois não me importava de saber arrotar a la carte) e sou muitas vezes culpada dos primeiros. Dos segundos fico muito orgulhosa quando sucedem, pelo facto de os primeiros serem frequentes. Sou incompreendida relativamente aos primeiros - há quem insista que eu deixo sair os arrotos porque quero, o que não é verdade. A mesma forma de estar que me impede de estar à vontadinha com quem quer que seja, no caso dos puns, impede-me de lançar um arroto para o ar "só porque sim".

De qualquer maneira, e para finalizar, do meu ponto de vista, o efeito de arrotos ou de puns indesejados é muito diferente. Os segundos têm um alcance muito mais "mortífero" e prolongado no tempo, causando, à partida, muito mais desconforto em quem deles é "vítima".