segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Sim, sou uma mãe babada...

... e gosto de o ser! Por esta razão é que de vez em quando publico algumas das obras artísticas dos meus filhos. Hoje são desenhos, um de cada.

Desenhado a lápis pelo Feitiço, passado a caneta e pintado pela Varinha.

Obra da Varinha. Lindo!

Obra da Vassoura (não é das suas melhores).

Uma família de Caná?... Nós?!? #2

Eis a continuação deste post, ou, por outras palavras, a reflexão nele "prometida".

Para começar, há que contextualizar. Retirei o texto que se segue do post "Família de Caná", do blogue amigo e de referência (para mim e para muita gente): "Uma Família Católica".

"FAMÍLIA DE CANÁ 


As Bodas de Caná

“Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia e a Mãe de Jesus estava lá. Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda” (Jo 2, 1-2)
Não sabemos os nomes dos noivos que celebraram esta boda inesquecível em Caná da Galileia, mas sabemos que eram amigos de Jesus e de Maria. Talvez tivessem brincado com Jesus quando eram crianças ou frequentado a mesma sinagoga; talvez tivessem sido vizinhos. Não sabemos os seus nomes, porque hoje eles podem ser cada um de nós: somos Família de Caná sempre que convidamos Jesus e sua Mãe para a nossa festa!

Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná

Nas Bodas de Caná, Maria antecipou a hora de Jesus; mas antecipou também a sua hora como Aquela que intercede por nós junto de Deus. A Mãe de Caná é assim, nos Evangelhos, a imagem mais perfeita da Senhora Auxiliadora dos cristãos.
As Famílias de Caná nasceram à sombra do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora, em Mogofores, e têm na Mãe de Caná a sua Rainha.

Famílias de Caná

Ser Família de Caná é um estilo de vida, uma forma particular de ser família na grande família da Igreja Católica.
A Família de Caná nasce das raízes hebraicas da fé cristã e cresce no jardim de Nossa Senhora. Como toda a árvore, conhece-se pelos frutos (cf. Mt 12, 33). O fruto distintivo da família cristã é o amor. Diziam os pagãos ao falarem dos primeiros cristãos, segundo Tertuliano: “Vede como eles se amam!” E assim deve continuar a ser hoje.

No Judaísmo, a fé vive-se e celebra-se primeiramente em família. “Eu e a minha família serviremos o Senhor” (Jos 24, 15) proclamou Josué ao chegar a Canaã. As Famílias de Caná querem ser Igrejas Domésticas, pequenos oásis de fé cristã verdadeiramente vivida e celebrada, onde educar seja desafiar para a santidade e crescer seja uma aventura rumo ao Céu.

As cinco pedrinhas de David

Como se faz isso? Propomos “cinco pedrinhas”, tantas quantas David recolheu no leito do rio para com elas vencer o gigante Golias (Cf  1Sam 17):

1 – Consagração a Nossa Senhora
A Família de Caná começa o dia com a sua consagração a Maria, nossa Mãe e Rainha.

Invocação
“Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná, 
ensina-nos a fazer tudo o que Jesus nos disser!”

Consagração
“Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Caná, 
Consagramos-te hoje e sempre a nossa família.
Confiamos na tua intercessão de mãe, 
Para que o vinho da fé, da esperança e do amor
Nunca acabe em nossa casa.
Faz de nós servos do Senhor, como tu, 
E ensina-nos a fazer 
Tudo o que Jesus nos disser.
Ámen!”

2 – Vida sacramental
A Família de Caná procura encontrar-se com Jesus através dos sacramentos: o matrimónio, fundador da família; o baptismo dos filhos; a eucaristia dominical e a adoração eucarística frequente; a confissão mensal; a unção dos doentes sempre que necessária.

3 – O canto de oração
A Família de Caná constrói em casa um lugar para a oração e aí se reúne uma vez por dia, em clima de alegria, simplicidade e disponibilidade para fazer o que Jesus disser.

4 – O Rosário e a Bíblia
Como na casa de Nazaré, a Família de Caná conta as histórias da Bíblia e medita nos mistérios da vida de Jesus, na companhia de Maria, para com Ela aprender a fazer o que Jesus disser.
O “Shemá”, aperfeiçoado por Jesus, marca o início e o fim de cada dia:

Shemá

“Escuta Israel
O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás o Senhor com todo o teu coração
Com toda a tua alma e com todas as tuas forças
E amarás o próximo como a ti mesmo. 
Faz isto e serás feliz.
Ámen!” (Lc 10, 27-28)

5 – Visitação

Como Maria em casa de Isabel, em Nazaré, em Caná e em Jerusalém, a Família de Caná “visita” o seu próximo, servindo-o com amor e levando-lhe Jesus.

Compromisso

Ser Família de Caná é um compromisso familiar do cristão, sem qualquer acto público ou distintivo exterior. As Famílias de Caná devem procurar viver a sua fé nas paróquias onde vivem, estando disponíveis para fazer tudo o que Jesus disser.
Para as auxiliar nesta caminhada de santidade, ser-lhes-ão propostos retiros e encontros, e todos os primeiros sábados receberão via correio electrónico uma curta meditação."

REFLEXÃO...

Pensando nas Cinco Pedrinhas, vejo que:

1 - Na nossa família fazemos a consagração a Nossa Senhora (rezamos com outra oração) mas, em família, fazemo-lo apenas à noite, e não no arranque do dia. De manhã, só eu e o Rogério a rezamos.

2 - Nunca fizemos a adoração eucarística em família e, eu pelo menos, só a faço muito poucas vezes ao ano - longe, muito longe, de ser uma prática frequente. Confissão mensal? Nem por isso, embora a frequência tenha vindo - muito lentamente - a aumentar, ou seja, os intervalos entre confissões a diminuir (falo por mim). O Rogério sabe de si. Da Vassoura sei que se confessou duas vezes.
Isto tudo para dizer que não temos o hábito de nos organizarmos em família para irmos ao Sacramento da Reconciliação todos juntos. Acho que há aquela parte dos escrúpulos: "Então eu vou dizer a alguém que tem de se confessar? Vou marcar (impor) um dia para isso? Parece pouco ético, pouco cristão. Ao fazer isto não estou a julgar aquela pessoa - neste caso o(s) meu(s) familiar(es)?" Bem, para estas questões há uma resposta simples: "O justo peca sete vezes ao dia.", logo, todos pecamos... Marcar um dia é equivalente a mandar as crianças arrumar o quarto - se eu esperasse que elas se decidissem, mais valia esperar sentada!

3 - OK, esta já está! (Ver aqui.)

4 - Tentamos, eu e o Rogério, rezar o terço todos os dias (nem sempre o fazemos). Em família, só rezamos ao fim de semana.

5 - Não me parece que estejamos ao serviço, neste sentido. Ponto.

CONCLUSÃO...

Por estas razões, acho que a Teresa Power se precipitou, de facto. Nós (ainda) não somos uma Família de Caná. Mas somos talvez uma Família de Caná em construção...

Antes de eu publicar este post, a Teresa deixou comentários no post anterior, que decidi incluir neste:

Olha lá, Bruxa Mimi, quem arrasta pianos de 300kg por causa de um Canto de Oração, chama-se o quê?

e

pode-se ser Família de Caná e nem sequer o saber, como é o caso da Bruxa Mimi...

:-)

Mas ela também escreveu:

As Famílias de Caná (...) têm cinco pontos muito concretos de vida de fé, as Cinco Pedrinhas (...) 

... e é por isso que mantenho a minha conclusão. (Apesar de ter escrito que me rendia, Teresa!)

Para terminar este post que já vai muuuuito longo, volto a citar o post da Teresa, que na sua parte final inclui um convite:

"Quem quiser experimentar esta forma de ser Igreja poderá contactar a Família Power, enviando um e-mail para ntpower@sapo.pt, dirigido a Teresa Power e tendo como Assunto “Famílias de Caná”."