sábado, 27 de setembro de 2014

Sou uma criança...

Esta manhã fui a uma consulta de dermatologia, por causa de várias coisas, nenhuma delas particularmente importante.

Mostrei-lhe uns sinais que me apareceram numa perna quando estava grávida do Feitiço, e que não desapareceram entretanto. Verdade seja dita, já os tinha mostrado a dois médicos e nenhum deles valorizou, mas fiquei mais descansada com uma terceira opinião, sendo esta de um dermatologista. São uns benignos qualquer-coisa-cujo-nome-não-fixei (para a próxima tomo notas).

Mostrei-lhe um sinal no pescoço, daqueles que só estão presos à pele por uma pontinha, que normalmente não incomodam nada, mas que são nojentos horríveis de ver, quando calha olhar para eles e que até as minhas filhas já comentaram que não gostavam de ver. Já era!

Mostrei-lhe dois altinhos na pele (ambos perto do ombro) parecidos, mas aparentemente diferentes (e eram mesmo). Um era um coiso-cujo-nome-também-não-sou-capaz-de-reproduzir-apesar-de-me-lembrar-que-era-curto. Já era!

O segundo dos altinhos era molusco contagioso, algo que a Drª Wikipédia - e o dermatologista, especialista no assunto - diz aparecer predominantemente em crianças! Já era!

Pensamentos pós-consulta:

Será que tenho o sistema imunitário fragilizado? É que tendo eu as vacinas em dia, e não tendo tendência para ficar doente, parece-me estranho ter apanhado molusco contagioso da Vassoura e/ou do Feitiço (só a Varinha não teve, dos três)...

S. Feitiço de pau oco

S. Francisco de Assis é um santo querido por muita gente, por ser tão amigo de todas as criaturas. Hoje, por momentos, pensei que tivesse cá em casa um aprendiz de S. Francisco, mas enganei-me...

Estávamos no parque. Como é natural, havia formiguinhas nos seus afazeres, o que deixou (como sempre, mas especialmente desde que tivemos formigas em casa) a Varinha em semi-histeria:

Varinha: Pisa a formiga, mamã, pisa-a!
Eu não a pisei e a Varinha também não.

Entretanto, o Feitiço andava de triciclo e a Vassoura de bicicleta, para lá e para cá. Enquanto isto, vi um bichinho de conta de pernas para o ar, e ajudei-o a virar-se. Como tenho boas recordações de infância relacionadas com bichos de contas (uma delas um livro que recebi quando fiz 4 anos), chamei os meus três filhos para verem o bicho da conta a enrolar-se, formando uma bolinha, quando eu lhe desse um toque suave.

A Varinha começou logo a dizer para eu pisar o bicho.

Feitiço, gritando: Não! Não é pa pisar! [foi nesta altura que me lembrei de S. Francisco]
Eu, virada para a Varinha: Pois não. O bicho de conta não te faz mal nenhum.

Crás!

O sapato do Feitiço tinha pisado o pobre bicho, que ainda abanava um pouco algumas patas.

Em choque, acabei por dar a pisadela da misericórdia ao bicho da conta. Acho que o Feitiço manchou o conjunto de memórias relacionadas com estes bichinhos. Já não são só memórias felizes...

Foi  esta história que recebi, mas a capa era diferente
(provavelmente recebi um livro da 1ª edição - esta capa é da 4ª edição)
Dúvida: no título do post quis remeter para uma expressão conhecida, mas não me lembro bem dela e acho que está aldrabada. É "santo de pau oco", "santo de pau carunchoso", ou nem uma, nem outra? (se assim for, quem tiver certezas faça o favor de se "chegar à frente" com a expressão certa)