quinta-feira, 19 de junho de 2014

Para a Varinha e não só

A Varinha ouviu um aluno crescido da sua escola a cantar esta canção e ficou fã. Agora só diz: "Gosto tanto desta canção, tanto, tanto..."

Acho que se ela soubesse que a canção tinha uma confissão de homicídio já não gostaria assim tanto... Por outro lado, eu percebo a letra da canção e continuo a gostar, por isso... Aqui está a ainda não identificada canção, em versões para quase todos os gostos! :-)

Primeira versão: os Queen, live at Wembley Stadium, 12/7/1986


Segunda versão, ligeiramente adulterada: os Marretas.


Terceira versão: Os Ten Tenors. Chamo a atenção para as frações de segundo (04:34) em que metem ao barulho outra conhecida canção (a ver se algum@ leitor@ tem paciência para ouvir e descobrir que canção é).


Quarta versão: Jake Shimabukuro, que toca num ukalele (e não canta).


Quinta e última versão (last but not least), também ligeiramente adulterada: Star Wars Edition (dedico esta ao Rogério, que é fã da saga).


Se acaso ouviram todas ou um bocadinho de todas, qual a vossa preferida?

González vs. Estivill (faz de conta que é sobre eles)

O blogue "Pais de Quatro" tem, de tempos a tempos, umas discussões interessantes lançadas pelo JMT, mas que aquecem mesmo é na caixa de comentários. Na maior parte das vezes, eu opto por não entrar na guerra. Hoje, quis comentar.

Primeiro, iniciei um comentário em resposta a uma sequência de comentários, mas como só queria referir um pormenor, e não entrar na totalidade da discussão daquela sequência em particular, mudei para um comentário ao post, "independente" de comentários anteriores. Depois, como percebi que me apetecia escrever muito, decidi vir aqui escrever (aliás, copiei o que já tinha escrito para me servir de base a este post, e não ter de escrever tudo outra vez). A seguir, vou ao PdQ e deixo o link num comentário. Quem quiser ler, sabe o que fazer. Se @ leitor@ que me lê neste momento fez isso, fez muito bem e seja bem-vindo!

Tenho três filhos. Nunca li nada (exceto as entrevistas - obrigada, JMT, pelos links, aqui e aqui) de nenhum dos dois pediatras espanhóis. Só li uns livros que me emprestaram (lembro-me de um que foi escrito por uma "baby whisperer", não me lembro é do nome do livro*), não necessariamente de ponta a ponta.

Concordo que os bebés choram por alguma razão, e não porque querem fazer os pais "penar". Não concordo é que se considere que ficar ao pé do bebé, fazendo-o sentir-se acompanhado, mesmo que depois a pessoa se ausente por momentos (não enquanto o bebé chora - pelo menos na entrevista o Dr. Estivill diz que não se abandona o bebé enquanto chora), seja "deixar os bebés chorar porque isso é para o bem deles".

E por que razão digo isto?

Porque se está assumir que, quando o bebé chora, automaticamente pararia de chorar se lhe pegássemos ao colo e que, se não o fizermos, estamos a "deixá-lo chorar". E isso não é verdade: umas vezes para de chorar, outras vezes não (e nós vemo-nos e desejamo-nos para perceber o porquê do choro). Por isso, se pegar ao colo nem sempre "resulta", por que é que estar ao lado do bebé, falando calmamente com ele, há de ser uma coisa má, se o bebé se acalmar? Por que é que se diz que, se o bebé deixa de chorar, não o faz porque o acompanhamento foi suficiente para não precisar de chorar, mas sim porque "aprende que não vale a pena chamar os pais" (não é uma citação propriamente, mas foi uma ideia que captei de um comentário a este post do PdQ)? Porquê? Não percebo.

No meio disto tudo, cabe-me agradecer a quem me emprestou o tal livro da "baby whisperer", pois foi muito útil - e recomendaria, se me lembrasse do nome...* [Já devem ter percebido que já sei qual é o livro...]

No caso da Vassoura, da Varinha e do Feitiço, eles foram muitas vezes pegados ao colo, não exclusivamente quando choravam. Se um bebé só for pegado ao colo quando chora (exceção para as atividades de manutenção - passe a expressão), não admira que chore muito para ter colo e que todas as outras alternativas para o acalmar não funcionem!

Mas a Vassoura, a Varinha e o Feitiço também choraram e não receberam colo. Foram atendidos, mas nem sempre com colo. O colo é como uma carta valiosa num jogo de cartas. Se puder ganhar a jogada com uma carta mais baixa (falar calmamente com o bebé; fazer-lhe festinhas; pôr-lhe a chucha se ele a usar; etc.), não faz sentido usar a mais valiosa - essa será preciosa quando a fasquia estiver num patamar superior, nesse dia ou noutro. Porque se pego ao colo por um choro qualquer (o livro ajuda a distinguir os diferentes tipos de choro), tudo o que não for colo será sempre insuficiente!

Outra coisa: os terrores noturnos [não confundir com pesadelos]. Como mãe, tive essa experiência, com os três, mas mais com a Vassoura. E, pelo que li e pela minha experiência, não adianta dar colo, aliás, não adianta fazer nada, pois os terrores noturnos têm esse nome por serem um terror... para os pais! As crianças não vão ter qualquer memória do que aconteceu, vão acordar frescas que nem uma alface, porque, apesar da gritaria, não acordaram sequer! Eu cheguei a tentar "consolar" a Vassoura, e mais tarde, a Varinha, mas fui enxotada mecanicamente, por ambas, pois estava a perturbar-lhes o descanso... No caso do Feitiço, já estava mais esclarecida...

Como é que eu sei que os meus filhos não ficaram traumatizados pelas vezes que não lhes peguei ao colo, mas os atendi de outro modo?

Como é que eu sei que não pararam de chorar porque "aprenderam que não valia a pena chamar pelos pais"?

Porque os meus filhos são crianças confiantes e outras coisas do género? Também (embora tenha consciência que eles não são confiantes em todas as situações)... mas sobretudo...

... porque continuam a chamar-me durante a noite, se precisarem, e eu vou lá.

... porque, agora que são mais crescidas (o Feitiço ainda não chegou a esta fase silenciosa de chamar), a Vassoura e a Varinha aprenderam que me podem chamar a meio da noite, mas não precisam de gritar, para não acordarem toda a gente da casa. Chamam-me, e esperam um pouco, para me darem tempo de acordar e ir do meu quarto ao deles e, se eu não aparecer, repetem... até eu aparecer. [Às vezes estou mais cansada e demoro mais a acordar.]

Não creio que aprender a ter os outros em consideração seja uma coisa má.

*Não me lembrei entretanto, mas uma rápida pesquisa ajudou. O livro era este:


Adiós, piolhitos!

Para matar as lêndeas, pedi na farmácia o produto "Seta", que já tínhamos usado noutra altura e que foi recomendado pela Teresa Power, mas estava esgotado.

Aceitei a sugestão da farmacêutica e comprei "Licinin", uma loção que mata por sufocação, e "Tiox", um champô. Para a semana voltamos a aplicar.

À partida, o problema está resolvido. Espero que sim!

Licinin

Tiox