sábado, 13 de abril de 2013

Cabelos, cabelos

Não sei se já conhecem este fantástico vídeo incluído no "Sónia e as profissões"... A verdade é que, querendo ou não (não!), após ver uma única vez, fiquei com o "cabelos, cabelos..." na cabeça. Como já vi para aí umas quatro vezes, já quase posso substituir a Sónia no palco, lol!


Bem, na verdade, o vídeo é só para animar este post, já que resolvi desabafar sobre o meu cabelo. Não sei por onde começar, por isso, como sempre ouvi que deveria fazer, vou "começar pelo princípio"!

Quando eu era miúda, tinha cabelo encaracolado, em muito pouca quantidade (não é que tivesse pouco cabelo encaracolado e muito cabelo liso; tinha pouco cabelo no total), castanho claro (tão claro que, se a minha mãe tivesse dinheiro e inclinação para parvoíces, seria tentador tornar loiro) e fraquinho, fraquinho. Já agora, tinha tão poucas pestanas que o meu avô paterno chamava-me o seu "amor sem pestanas".

Quando tinha uns quatro ou cinco anos, com o cabelo tal como o descrevi, tive direito a um "penteado de princesa" feito pela minha irmã do meio (mais velha do que eu 2 anos e alguns meses). Tanto eu como ela nos lembramos deste penteado como estando espetacular, maravilhoso... mas era impossível que assim fosse (exceto na nossa imaginação de crianças, claro!). Adiante.

Por causa de ser fraco, o meu cabelo estava constantemente a ser cortado, por alguém da família. Também me lembro de aplicar uma loção "fortificante" diariamente (era um frasco transparente com uma espécie de raminhos de flores brancas e a loção cheirava bem).  Mais tarde também experimentei lavar a cabeça com gema de ovo batida (ou seria o ovo inteiro? Era a minha mãe que preparava o "champô", ela que diga, se se lembrar)...  O objetivo de todas estas intervenções, "tornar o cabelo mais forte", nunca foi atingido. Pobre cabelo!

A certa altura, deixei crescer o cabelo, já que tê-lo curto de nada servia. Como todos os cabelos, tinha dias melhores e dias piores. Nos dias bons, os remoinhos (um de cada lado) ficavam mais disfarçados pela ondulação dos cabelos. Nos dias maus, a solução era não pensar muito neles!

O mais irritante? Ver que os caracóis lindos, em canudo, que o meu cabelo faz (quando tem comprimento para isso), ficam escondidos junto ao pescoço, por baixo do resto do cabelo, que esvoaça, sem rei nem roque, à mais leve brisa.

A melhor fase do meu cabelo - melhor mesmo, de longe - foi durante cada uma das três gravidezes, às quais se seguiu a pior fase de todas!

E pronto, assim termina o desabafo sobre o meu cabelo. Não ficou tudo dito, mas não penso maçar-vos mais com esta temática.