segunda-feira, 6 de julho de 2015

"Não como nada que seja dado por estranhos"

A Vassoura e a Varinha, como contei, estiveram em casa dos meus pais. Numa noite, foram com eles e com uma tia a uma iniciativa chamada "Cientistas ao luar". À entrada, deram os nomes, as idades e responderam a uma ou outra pergunta. A senhora, que tinha um fantoche na mão, perguntou à Varinha:

- Queres um rebuçado?
Varinha, muito séria: Não.
Senhora: Porquê, não gostas?
Varinha: Gosto.
Senhora: Então, queres?
Varinha: Não.
Senhora: Porquê?
Varinha: Não como nada que seja dado por estranhos.
Senhora: Ah, está bem, estás muito bem industriada!
Senhora, para a Vassoura: Queres um rebuçado?
Vassoura: Sim.
Senhora: Queres o da tua irmã?
Vassoura: Sim.

Ao que parece, o meu pai explicou à Varinha que naquela situação, com os adultos da família presentes e atentos, a verem o que se passava, poderia ter comido o rebuçado.

Na versão inicial contada pelos meus pais, a Vassoura comeu os dois rebuçados e a Varinha, depois de algumas atividades, não teve problemas em comer bolo de cenoura que lá havia. Mas essa versão estava enganada. A Vassoura deu à Varinha o rebuçado que "lhe pertencia" e ela comeu-o.

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